Para as cerimónias de formatura terem lugar, as universidades estão a contratar seguranças adicionais, a controlar os participantes nos locais de cerimónia e a sublinhar que não serão toleradas perturbações significativas por parte de manifestantes pró-palestinianos.

Ao mesmo tempo, estão a comprometer-se a respeitar os direitos de liberdade de expressão, designando zonas de protesto.

Num dos mais recentes incidentes, estudantes vaiaram e gritaram "Palestina livre" enquanto o presidente da Universidade de Utah, Taylor Randall, discursava na noite de quinta-feira.

Randall fez uma pausa no seu discurso para pedir aos que protestavam que se retirassem ou fossem retirados.

Na Universidade de Michigan, são esperados mais de 8.000 licenciados e 63.000 espetadores para as festividades de sábado.

Haverá um controlo de segurança e os manifestantes que perturbarem a ordem poderão ser expulsos.

"No final do dia, é apenas uma formatura. Estou a pôr um laço no fim da minha carreira universitária. Desde que seja pacífico, o que é que eu posso dizer?", afirmou Drew Ruchim, estudante judeu de 22 anos.

Numa mensagem sobre a cerimónia de formatura, Laurie McCauley, diretora académica do Michigan, disse aos estudantes e funcionários que a escola respeita a liberdade de expressão, mas que "ninguém tem o direito de perturbar as atividades da universidade".

O 'campus' de Bloomington, em Indiana, está a designar zonas de protesto à porta dos locais onde se realizarão hoje as cerimónias de graduação.

"É lamentável, porque queremos que este evento seja sobre a graduação, não sobre política", sublinhou Maya Wasserman, estudante judia de 22 anos.

Uma semana depois de a polícia ter detido cerca de 100 manifestantes na Universidade Northeastern, esta vai realizar as suas formaturas no domingo no Fenway Park, pelo quarto ano consecutivo.

O local ajudará as autoridades de segurança a controlar a multidão e a limitar o que as pessoas podem trazer.

Todos os que entrarem no local terão de passar por detetores de metais, na cerimónia que espera cerca de 50.000 formandos, familiares e amigos.

Os protestos têm agitado muitas universidades, em várias cidades dos Estados Unidos, desde o ataque do Hamas no sul de Israel, que matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria delas civis, e fez cerca de 250 reféns.

Durante a guerra que se seguiu, Israel matou mais de 34 mil palestinianos na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde local controlado pelo Hamas, que não faz distinção entre combatentes e não combatentes.

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